terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Intocáveis desafortunados

Não sou uma imagem na mente das pessoas. Não sou intocável. Sou corpo em movimento das trilhas sinuosas dessa vida. Alegrias e decepções a bordo, estou à deriva num mar cheio de delírios. Não há fuga da confusão. É normal o sentimento confuso para quem é intenso por completo. Não me sinto só, escuto as vozes que parecem ecos de minha emoção. Passaram-se os anos como carcereiro dos sentimentos. É a sede da verdade que transborda para fora desses olhos curiosos por vida. Seria uma covardia idealizar que todos me compreendessem, mas não posso perdoar a falta de atenção. Não perdoar. Preciso me perdoar mais. Sei exatamente o que esperam de mim, não tenho certeza se desejo corresponder. É doloroso. Talvez sejam as curvas do caminho. Para me satisfazer empacoto meus problemas, saio dirigindo para longe e desejo partilhar esse pensamento. Partilhar minha música. Mas qual disco vou levar para essa jornada nem tão errante? Jimi Hendrix ou Led Zeppelin que me embalem. Os violões da vida. É para quem transborda emoções que existe o disco certo, a trilha sonora, a batida perfeita. Algumas coisas devem ser cantadas no ouvido para que o som atinja seu objetivo maior, tocar e sentir. É tudo o que há de mais importante. Sinta a alegria, a dor, a diferença. Espero que não me confunda entre a imagem e a ilusão, seria triste poder transcrever a ilusão, precisamos dela para viver como afortunados tangíveis.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Escreve aí vai...