terça-feira, 29 de junho de 2010

Caninos bem expressivos


Hoje tive um ataque de risos resultado de um sinal obsceno do meu professor. Me doía o abdomen. Fazia tempo que não ria tanto. A risada é um remédio, um ato para exercitar. Devo ter mostrado bem os dentes. Espero ter mostrado os caninos. Mostrado uma face menos cerrada. Nunca fui muito extrovertido, tampouco simpático à primeira vista. Característica marcante em grande parte dos descendentes de imigrantes alemães. Pessoas que carregaram o sofrimento antes de encontrar bonança aqui no Brasil. Mas eu já fui tão alegre. Hoje sou apenas alegre entre os amigos e simpatizantes. Se evolui em tantas coisas mas algumas amarguras conseguem nos vencer. A falta de contato com algumas pessoas queridas pode causar isso, eu creio. Logo na programação semanal já está agendado um churrasco com o pessoal da academia. Bom papo. Sair da rotina, uma luta para travar. Embora eu curta muito a vida da cidade, quero voltar a ter um contato com a natureza. Isso sempre ajudou para afastar a tensão. Vou amanhã comprar material para desenho, voltar à ativa. Desenhar uma paisagem bem egoísta, imaginária de natureza. Parar de me censurar. Fazer o que me fazia tão bem, e eu me considerava bom. Desenhar a vida, até mesmo a parte mais ácida. Coisa linda. Coisa que devo fazer. Um rompante saindo desse cárcere artístico que me auto flagela. Doideira. O lápis vai ressuscitar!!!!

Opiniões de quem entende

Amanhã vou passar por uma bateria de avaliações sobre minha lesão no anterior da coxa. Espero ter mais esclarecimentos e claro alguma boa notícia. Tais como "é coisa pouca", "vai correr logo". Hoje era dia de corrida. Terminei o treino de peito/tríceps, e fim. Sensação estranha para mim que sou muito disciplinado. Não executar essa rotina é muito xarope. Mas amanhã é um novo dia.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Vício

A predisposição para vícios é de difícil aceitação para a maioria das pessoas. Eu pelo menos sempre encarei isso como um fato na minha vida. Quando piá era viciado em games, na juventude em baseados e afins, viciado em ir em bocadas, rock and roll, na vida adulta continuei no rock e adicionei corrida e musculação. Milagre que nunca fui viciado em trago nem mesmo crivo. Mas o que mais me desperta é o ato de correr e ouvir música. Poderia alterar a ordem dos fatores, mas muitas músicas me fazem viajar e correr me faz viajar muito também. Estou abalado com essa merda de coxa esquerda, pela minha cancha de alguns anos correndo parece ser uma distensão. Não poder correr. Ansiedade. Comer afú. Dieta. Atualmente em movimento, minha alimentação soma 3000kcal. Talvez eu tenha que reduzir para 2500, quem sabe pouco menos. Mas a falta do rush da corrida aumenta o apetite. Vou comer doces, ouvindo música. Seria legal. Mas meu organismo que metaboliza tudo com voracidade deve ter um declínio em seu todo. Parece papo de doido, mas tenho o prazer de cuidar da minha saúde, depois de anos tentando acabar com ela. Estou puto da cara. Esse ano meu ombro direito estava fodido e passei 3 meses em fisioterapia, here I go again. Sobrou pelo menos atividades de hipertrofia, que devem dar uma bom resultado com a falta de motorização nas ruas de NH, vou poupar musculatura de certa forma. Aumentar a camada adiposa e a massa muscular. É o jeito. Foda-se. Mas o choro e a risada é grátis!

Estresse x Prática esportiva

Não sou professor, médico e nem fisioterapeuta. Mas posso afirmar que em momentos da tensão causada pelo estresse, não é aconselhável praticar atividades físicas de grande esforço. Digo isso pois todas lesões que tive em 2010 estavam com certeza ligadas a minha situação emocional. E ontem não foi diferente. Como já havia postado aqui, passei por momentos de fúria que nem eu consigo explicar e não deu outra: lesão. Fazendo uma carga razoável numa extensora para coxa, senti uma fisgada na parte anterior. No domingo já havia sentido uma fadiga incomum durante uma corrida leve. Era o sinal. Como diz um antigo mestre "Treine a mente depois o corpo". O que fazer com a minha mente. Ela passa por turbulências, agora ainda mais, porque a corrida é um remédio para minha ansiedade e momento de reflexão. Vou em busca de auxílio médico mais uma vez em 2010. Logo agora que eu estava bem treinado. Mas fadigado. Devo ter mais prudência. Desejo-me sorte.

Revirando os discos

Ontem pela madrugada resolvi dar uma mexida nos meus discos. Sim, discos. Sou da época do vinil, e cds e vinis para mim são discos. Pois bem, estava a procura do álbum "Beneath The Shadows" do TSOL. Tenho uma caralhada de discos, e quase nunca sou organizado, embora os conserve muito bem. Por sorte achei o álbum e os outros da sua discografia. Já devo ter mencionado que TSOL foi uma das bandas que mais me influenciou na juventude, sendo uma referência. Escutei todo o "Beneath...", soa único até hoje, como na primeira vez que ouvi. Me emociono ao ouvir "The Other Side". Nem sempre me dou conta dos tesouros que tenho guardado na forma de albuns. E pensar que o encarte, o poster, as letras e o disco vão/estão sumir do nosso mundo ☠. Para mim um disco é como uma foto da minha adolescência, juventude, momentos de alegria, lembranças de um tempo que não vai voltar. Saudade dos vinis e k7, o som era outro. Não posso protestar contra o mp3, pois meus primeiros contatos com música foram através das fitas k7, gravações do "Rocket To Russia", "Road To Ruin" e a primeira compra "The Number Of The Beast". Entrei no mundo musical de forma eclética.

sábado, 26 de junho de 2010

Distúrbios

Hoje tive uma oscilação de humor realmente interessante. Consegui emburrar com meu pai, a pessoa mais calma do mundo. Certas atitudes minhas são mistérios que não consigo desvendar. O final de semana é uma seqüência de explosões emocionais. Ontem discussão com meu amor, hoje com pai. Espero que eu me acalme indo no cinema hoje, preciso sair de NH. Ando muito nervoso, existe uma gama de motivos e preocupações, mas ando libertino demais com esses rompantes. Acordei feliz por ter acordado antes da tarde, mas durante o meio dia algo me desagradou, talvez o meu almoço, ou o fato de passar a tarde sozinho. Meus momentos de solidão não me afligem quando preenchem a madrugada. Durante o dia tenho alguns problemas. Tenho que refletir essa semana sobre a vida.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Não me bate

Agora a pouco saí para comprar medicamentos e quando saia do carro um sujeito cheio de badulaques me abordou e largou a seguinte pérola: "não me bate". Passado o susto de que fosse um possível assalto, fiquei imaginando a minha expressão facial. Talvez pela vivência e transeunte de alguns destinos desaconselháveis da cidade, eu tenha adquirido uma proteção natural. Em caso de assalto tal expressão não ajudaria em nada. Talvez a indumentária tenha ajudado ou atrapalhado um pouco: casaco camuflado repleto de patches de bandas, touca camuflada e a delicadeza nórdica. Como humanos cometemos atos falhos. Se desculpar, se adiantar sobre uma futura repreenda, não é um bom sinal. Alerta! E ora pois olhando pela janela do estabelecimento vi que o pedinte voltara ao local. Conclui que ele realmente estava disposto a procurar encrenca na madrugada com qualquer pessoa e o escolhido era eu. Pois bem, o que fazer? Na saída o cara aproximou-se e disse: "Desculpa, viu? Eu tava brincando". Adotei o silêncio mesmo com o cara me tirando para bobo. E o infeliz veio na minha direção dizendo que tava trabalhando e tal. Eram 1h40 da manhã e ele queria me mostrar sua arte. No momento em que percebi que ele tinha "pinta" de masoquista, minha imaginação povoou meu cérebro com qualquer tipo de lâmina que o sujeito poderia carregar. Um cara "crackeiro", aparentemente debilitado, mas com uma vontade de encher meu saco, ou quem sabe cortá-lo. A figura me persegue até o carro, nesse momento penso no quanto eu posso perder por afrontar tal criatura, e o que ele perderia. Resolvi proceder com tal diálogo: cara, eu vim comprar um remédio, não quero confusão para nenhum dos lados, vamos seguir nosso caminho numa boa, eu já tinha feito um sinal de não para ti. Ele larga essa: "Valeu então, não precisa ficar brabo que eu não sou bandido", e todo aquele papo de meloso de delinquente. Sou contra a violência, mas pensei num bastão retrátil de metal. Lei da sobrevivência. Tive sorte de não ter nenhum contato físico, não gosto disso, não converso com estranhos, mamãe me ensinou. Se um cara com no máximo 60kg vier te apurrinhar na madruga enquanto tu pesares mais de 80kg, cuidado ele é perigoso e pior ainda se avisa que pode apanhar.

domingo, 20 de junho de 2010

Frio e a hora morta

Chega a ser engenhosa a forma com que o inverno muda a rotina dos seres humanos. Começam a curtir as tais sopas, 5 cobertores na cama, chocolate, alguns tem tendências suicidas, outros querem arrumar um par romântico de qualquer maneira, se bebe muito vinho também. Gosto da parte do chocolate e ainda sonho com meus lendários porres de vinho. Romântico eu já sou, sou metido a escritor, isso deve ser muito romântico. A sopa eu prefiro esperar e usar junto com o tal fixador "corega" daqui umas décadas. Dos 5 cobertores eu suporto 3. E olhe lá. O chocolate eu sou viciado, o denominado chocólatra. Tento evitar, mas é tão saboroso que nos meus momentos de "tô podendo" eu destruo uma barra. Mas voltando a rotina, é uma merda para levantar de manhã, coisa que eu faço uma ou duas vezes por semana, mas lembro do meu tempo de sapateiro, it sucks. Mas como as madrugadas ficam mais agudas! O deserto é aqui na frente da minha sacada. Fico na minha observando o movimento dos felinos e do nada. Uma hora no mínimo. Gosto de ver a fumaça saindo do cano de algum carro errante. Vem a manhã todo mundo apressado para fazer aquilo que mais ama ou odeia, ou o que lhe resta para fazer. Todo mundo embrulhado para enfrentar o nosso clima hostil. Que capacidade para enfrentar o sofrimento seja ele causado pela natureza ou pela rotina. Essa noite eu segui a minha tediosa rotina militar de correr pelas ruas quase pornográficas de Novo Hamburgo. Como sempre sozinho, meu momento de reflexão. No trajeto de hoje, observo a uma família inteira sofrendo com o frio. Me veio a mente as tais sopas, para esse pessoal teria uma serventia vital. Se eu tivesse carregando um chocolate eu iria oferecer, embora se eu estivesse nessa porra de situação eu ira querer o vinho. Os km vão sendo percorridos e o olhar fica cada vez menos surpreso com o que enfrento nessas empreitadas. Estou começando a ficar muito amargo. Preciso de mais chocolate.

sábado, 19 de junho de 2010

Goteiras infelizes

O que dizer de um dia tedioso e de céu sangrado. Uma tarde em que a cafeína elevou meu tédio. Meu almoço não agradou, mas pelo menos eu tenho o que comer. Mas não tenho o que fazer. Minha cabeça não está de acordo com o clima, está emapacada. Estou imóvel perante esse céu encoberto e chuvoso. Meus amigos parecem estar assim também, nenhum sinal de alerta. Devem estar se questionando por que no final de semana depois de dias de trabalho não conseguem sentir o calor do sol. Ou estão bêbados, ou de ressaca, ainda não encararam a verdade sobre o dia cinza. Me pergunto por que reclamo de dias sem cor, se adoro a cor cinza, talvez eu esteja me enganando faz muito tempo. Ou tenho mau gosto. Ou acordei tão amargo no dia de hoje. Ou ou ou.

terça-feira, 8 de junho de 2010

trololó motivacional

Creio que existe um propósito para os ditos "blogueiros". Minhas idéias geniais ou não, as suas também, são de domínio público através do ato de expressão. Seja ela virtual, ação social(isso inclui uma gama de processos). Portanto acho importante a divulgação de idéias e suas consequencias para esse mundo descrente. Poderia escrever apenas coisas pertinentes ao mundo conservador para confortar os fracos que se acreditam intangíveis a mudança, ao rolo compressor. Não estou pregando uma revolução. O mundo está cheio de pregadores. Faça isso, faça aquilo. Mas jamais vai escutar com sinceridade plena: seja você, evolua como a partir de você. Desejar a evolução. Evoluir é fazer algo com alma e luz própria. Sair da rotina que nos censura. Confortar o conservadorismo só como uma extrema unção. Idéias inovadoras, loucas até mesmo para os loucos, daí não existe tendência, as coisas são tendenciosas naturalmente, mas ocorrem assim por serem fecundadas num ventre "default". O blog trouxe uma oportunidade do ser humano se manifestar perante si e perante a padronização nesse meio de transporte de mensagens e sem personalidade que continua resistindo na rede. Portanto força aos blogs loucos independentes! Não devemos nos render!!!

1234

Por isso os Ramones foram muito foda, tipo eles faziam música boa como a gente faz um bom sanduíche. 1234!!!

domingo, 6 de junho de 2010

"Normal"


As pessoas que pensam muito sejam elas geniais ou não, e que normalmente transformam seus pensamentos em algo abstrato, fantasioso, seja delírio, sonho ou arte, são condenadas a mais momentos de solidão. Normal, tal sentença. Injusta? Tenho sorte de estar próximo de pessoas assim.